segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Tema: Livros -> O doce veneno do Escorpião

Oi amados, booa segunda-feira, espero que pelo menos pra vocês, porque a minha foi mega cansativa, dia de faxina é triste !
Bom hoje vou falar sobre livros, então que tal, um beeeem picante !
O livro é uma lição de vida, selecionei uma parte do livro pra mostrar a vocês o quão bom ele é, quando se começa não se dá vontade de parar !

Trecho do Livro Doce Veneno do Escorpião, de Bruna Surfistinha

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Para mim, todas as prostitutas de São Paulo estavam na Augusta. Eu já havia passado por lá muitas vezes, inclusive com meus pais. “Olha lá aquelas putas”, alguém comentava. “Como é que uma mulher chega nesse ponto?”, eu pensava. Para mim, só tinha putas ali, naquela rua suja, feia. Ou, então, elas viviam naquelas casinhas velhas, caindo aos pedaços, com mulheres muito maquiadas penduradas nas janelas, chamando os homens que passam pela rua. Lá dentro, bastava elas abrirem as pernas e esperarem o cliente gozar: pronto. A tal “vida fácil”. Garota de programa seria assim, também? Não pelos anúncios de jornal. “Você, menina de 18 a 25 anos, atenda a executivos ganhando no mínimo mil reais por semana”.

Nas semanas anteriores à minha fuga, quando já estava decidida a sair de casa, comprei jornais para ver os classificados e cabulei aulas para visitar muitos desses lugares: boates, privês, casas de massagem. Não vi nada que se aproximasse daquela imagem bagaceira da Augusta, muito menos das mulheres acabadas. A maioria dos lugares, como o Bahamas, era de bom gosto, elegante mesmo. Por fora, você nem se toda do que é lá dentro. Casas que encheram meus olhos. As garotas que vi por lá não tinham nada de anormal, não tinham “puta” estampado na testa nem ficavam na porta se oferecendo a quem passasse.

O prive da alameda Franca, nos Jardins, foi a minha escolha. Eu não sabia fazer nada, nem tinha experiência ou segundo grau completo. Para sair de casa, teria que pagar para ver - e ganhar os tais mil reais pelo que fizesse. O preconceito foi embora e eu disse: “Vou ter que ser isso”. E, confesso: fantasiei muito com a possibilidade de ter vários homens e comecei a gostar da idéia. Afinal, só tinha transado seis vezes, de modo bem mecânico, e nunca tinha visto um filme pornô na minha vida. Ia ser a chance de descobrir até onde o sexo podia me levar."

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Mil e um beijinhos de pimenta :*


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