quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Tema: Umbanda -> Nanã Buruquê



Oi amados, boa Quarta-feira
Carnaval chegando, todos se preparando.
E hoje dia de falar mais sobre Umbanda, dia de falar sobre Nanã Buruquê!
Espero que gostem!

Nanã Buruquê é tão antiga que, em muitos mitos, surge como criadora do mundo, no mesmo nível de Oxalá ou do supremo Olorum. Na Umbanda, recebe o carinhoso apelido de Vovó. Nanã é representada como a grande avó de energia amorosa e feminina, é a Ela que clamamos quando precisamos de nos auto-perdoar e nos libertar do passado. Ela representa o colo que aconchega acolhendo amorosamente nossas dores para nos ajudar a transformá-las com sabedoria.

Ela é a deusa dos pântanos, da morte (associada à terra, para onde somos levados após a morte) e da transcendência. Nanã é considerada a mais velha dos Orixás das águas, age com rigor em suas decisões, oferece segurança, mas não aceita traição. É uma figura muito controversa no panteão africano: ora perigosa e vingativa, ora desprovida dos seus maiores poderes, relegada a um segundo plano amargo e sofrido.

O sincretismo de Nanã é com Sant’Anna, avó maternal de Jesus, e padroeira dos professores. Nanã é um termo que expressa deferência por qualquer pessoa idosa e significa “Mãe” em diversos dialetos africanos.

Ela rege sobre a maturidade e cuida da passagem no estágio evolutivo do ser, adormecendo os espíritos e decantando as suas lembranças com o passado, onde ficam prontos para reencarnarem. Seu domínio é a lama, mescla de terra e água, de onde surge a vida. Está ligada à riqueza, à fertilidade, à morte e ao renascimento.

Na Umbanda, Nanã vem incorporada de forma calma, curvada e com movimentos circulares nas mãos, muito associada também aos Pretos-Velhos. Os domínios de Nanã ficam nos pântanos e áreas com águas calmas e paradas e embocas dos rios.

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Mil e um beijinhos de pimenta :*

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